Nos últimos anos, me parece que alguns filmes antigos de ficção científica estavam apenas prevendo o que estava por vir. Os avanços tecnológicos de hoje assemelham-se( e muito)com esse gênero cinematográfico. Vimos a clonagem deixar de ser apenas um sonho com o nascimento da ovelha Dolly, tecnologias como o GPS fazerem parte de nossas vidas, o iPhone tornar-se um sucesso mundial,e mais tantas outras que fazem parte do nosso cotidiano que já passam despercebidas.Contudo ainda há itens para serem desenvolvidos, e a televisão -este bem tão precioso de nossa existência- promete ser um deles.
Esta mudança visa estar completa em 50 anos. A tradicional estrutura de 480 será substituída pela FULL HDTV 1080, que proporciona uma resolução muito melhor, além de outras vantagens. Para compreender melhor essas inovações da televisão é necessário entender o contexto em que foram inseridas... Quando o Brasil teve que optar por um modelo de Tv Digital que iria seguir existia três modelos: o Japonês ISDB-T; o Americano ATSC, o Europeu DVB-T e nós também desenvolvíamos um modelo próprio, o SBTVD, que mobilizou 1.300 pesquisadores de 79 universidades e instituições de pesquisa em 10 meses de trabalho. O resultado das pesquisas nacionais incluía desde o tratamento e transmissão do conteúdo, como as imagens e sons, até soluções que iriam ser utilizadas pelos usuários em casa, como receptores e sistemas de interatividade. Uma característica importante do SBTVD é que ele foi desenvolvido para TV aberta e gratuita.
Na época houve troca de poder então nosso país escolheu o modelo Japonês (o mais caro disponível no mercado), defendido pelas emissoras de televisão e pelo Ministro das Comunicações, Hélio Costa, com a justificativa de que era o mais avançado, com mais opções de interatividade. Além do que não foi mencionado oficialmente: as emissoras continuariam com o controle do sinal. Houve inúmeros protestos contra o ministro, pressionando o governo. Felizmente o sistema ISDB-T oferecia flexibilidade para aproveitamento de soluções e softwares desenvolvidos nas universidades brasileiras e permitia que a programação das tevês abertas fosse transmitida também às telas dos celulares sem que o usuário precisasse pagar por isso, dispensando assim, as operadoras de telefonia móvel, ou seja, um intermediário a menos no caminho. Isso tudo fez com que fosse arquitetado um sistema híbrido, chamado nipo-brasileiro (nipo= transmissão e brasileiro= interatividade) que irá entrar em vigor. Porém, este processo foi malfeito, havendo falhas evidentes, que terão de ser solucionadas ao longo dos próximos anos.
Com a Tv Digital poderemos reeditar a programação de acordo com nosso gosto, dar pause em programas ao vivo, pagar contas, comprar produtos que aparecem nas novelas (?), assistir o programa favorito no ônibus através do celular e coisas do gênero. O céu é o limite.
Do jeito que o futuro corre ao encontro do presente podemos esperar em breve carros voadores nas ruas.
Do jeito que o futuro corre ao encontro do presente podemos esperar em breve carros voadores nas ruas.
Por Joana Barboza
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